Os Argentinos reclamam de tudo. Simpatizei de cara, ranzinza que sou.
Na milonga, vibravam com suas músicas. O tango tocado ao vivo, sem amplificação, saía de dedos e gargantas que nos intervalos diziam que o silêncio é o melhor aplauso. E agradeciam a tudo, aplauso, trocados, atenção, silêncio...
Dois sujeitos cantavam especialmente bem. Para aqueles, o silêncio se faria, mesmo que estivesse muito mais bêbado ou ruidoso o pequeno público do pequeno local. Um pela potência da voz e o virtuosismo do amigo que acompanhava à sua com outra guitrarra, o outro pelos trejeitos, pelo lenço escorrido do pescoço e pela boca exageradamente aberta para deixar escapar em um fio, lindíssimo, a primeira frase da canção: "que risa...".
Não vi do que reclamar... Aplaudi o que pude, extasiado.
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